Para o governo o encerramento dos Serviços de Atendimento Permanente (SAP) é uma medida positiva, e para as populações? Será que também o é?
Lamentavelmente, se verifica, que os Portugueses só são precisos no dia das eleições para votarem, porque a partir daí só interessam quando houver novamente actos electivos.
Para o governo, as pessoas são apenas números, isto está provado nas medidas aritméticas de atendimento, que servem apenas orientações economicistas, numa lógica de diminuição da despesa com a concentração de serviços que trará elevados prejuízos às populações.
Para Sever do Vouga, o encerramento da unidade de saúde durante a noite, poderá provocar graves danos, (infelizmente quem vai sofrer isso na pele é que não tem culpa nenhuma, mas isso já estamos habituados a pagar pelos erros dos outros.)
Relembro que com o encerramento deste SAP, a população (mais de 20% com idades superiores a 65anos) passou a estar a 45km de Aveiro, ou a 30km de Águeda, que é onde se encontra a unidade de saúde mais próxima.
Pergunto-me, como é possível que este governo tome medidas tão drásticas, quando tanto se fala no elevado aumento de desertificação nos meios mais rurais. Será que ninguém vê que com o encerramento de unidades de saúde nas zonas rurais isso contribuirá para que o meio fique mais carenciado de serviços? E isso, por sua vez faz com que as pessoas se afastem de zonas onde sabem que durante a noite não vão ter apoio permanente.
“As pessoas não são números!”
E mesmo que se salvasse só uma vida por ano no SAP de Sever do Vouga, já valeria a pena.
Estamos a falar de um direito de todos nós, que é o direito à saúde.
Rui Pires da Silva
(Coord.Distrital da Juventude do PND/Aveiro)
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